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11 de junho de 2007

Maior floresta do Nordeste ameaçada pela indústria do carvão



Maior floresta do Nordeste ameaçada pela indústria do carvão
Mais de 300 fornos para fabricação de carvão continuam funcionando dia e noite.

Tânia Martins, de Serra Vermelha

23 de Maio de 2007

Não é por falta de argumentos científicos, técnicos e jurídicos que o Projeto Energia Verde ainda não foi cancelado definitivamente. O projeto da empresa JB Carbon S/A, instalado na Serra Vermelha, no Sul do Piauí tem com objetivo de transformar 78 mil hectares de floresta nativa em carvão vegetal. Além de uma moção do Conselho Nacional do Meio Ambiente, sugerindo a criação de um parque nacional na área, existe uma ação civil pública na Justiça Federal proposta pela Procuradoria da República; três ações discriminatórias no Interpi - Instituto de Terras do Piauí); um parecer contrário ao empreendimento do próprio procurador do Ibama; um pedido de assistência litisconcensual do Ministério Público Estadual; uma ação da Procuradoria do Trabalho, além de inúmeros pareceres e argumentos técnicos de especialistas, apontando as falhas e condenando o projeto.

Fotos: André Pessoa

Passados cinco meses da suspensão do manejo pela Diretoria de Floresta do Ibama, o futuro da Serra Vermelha ainda é incerto. Os defensores da região, que abriga uma das maiores biodiversidades do interior nordestino, temem que a força do poder econômico se sobreponha aos interesses ambientais. A posição do Ministério do Meio Ambiente, segundo o diretor de Áreas Protegidas, Maurício Mercadante, será a de trabalhar pela criação do Parque Nacional Serra Vermelha.
Enquanto não há uma decisão, denúncias de trabalhadores rurais revelam que os mais de 300 fornos da empresa continuam funcionando dia e noite.
Os ambientalistas temem o pior uma vez que o Ibama e a Secretaria do Meio Ambiente do Piauí defendem a empresa JB Carbon S/A com todos os seus poderes. A ligação entre público e privado está invertida a tal ponto que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do
Piauí coloca textos defendendo o negócio em sua página oficial na internet.
O projeto teve licença prévia da Secretaria do Meio Am-
biente e a de desmate pelo Ibama do Piauí, ainda em 2005. De uma tacada só o órgão estadual autorizou a destruição de 39.225 mil hectares de uma floresta onde jamais o homem havia estado antes e onde pode haver uma grande riqueza natural, segundo o cientista do Museu de Zoologia da USP, Hussam Zaher, que já pesquisou na região.

Importância biodiversa
Estudos prévios realizados por técnicos do Ibama de Brasília, detectaram a vegetação como sendo Caatinga, Cerrado e enclaves de florestas altas, reconhecidas e catalogadas como elementos da Mata Atlântica. "Trata-se de formação florestal que permanece verde mesmo durante a seca, bastante densa e com dossel alto", diz o relatório.
De acordo Hussam, a fauna da região é singular. "Existe uma diversidade inimaginável com inúmeros elementos relictuais que se encontram ameaçadas", garante. Na pesquisa que realizou entre 2000 e 2002, na Serra das Confusões, que fica na mesma região, sua equipe registrou 340 espécies de vertebrados terrestres entre anfíbios, répteis, aves e mamíferos e várias espécies ainda desconhecidas pela ciência.
Outro fato importante em favor da Serra Vermelha está relacionado com o estudo rea-lizado pelo Ministério do Meio Ambiente e que aponta a área como prioritária para a conservação da biodiversidade do Brasil. Sua importância se dá, também, por exercer papel de recarga de aqüífero e do lençol freático do vale do Gurguéia, onde aflora o Rio Gurguéia e Rio Rangel, além de ser uma formação vegetal muito antiga, que nunca sofreu alterações pelo homem.

Mais de 300 fornos queimam dia e noite. Foi autorizada a destruição de 39.225 mil hectares de uma floresta onde jamais o homem havia colocado o pé




Isso é manejo sustentado? Os tratores derrubam árvores e dizimam a fauna da região. São abertas clareiras por toda parte. A indústria do desmatamento agride os olhos de quem vê e a consciência de quem luta contra o aquecimento global.

Apoio de Niéde Guidon

Situada sobre um planalto que foi erodido e deu lugar a caniôns e cuestas(*) que rodeiam áreas planas de chapadas, a Serra Vermelha tem formação semelhante às encontradas na Serra da Capivara e Serra das Confusões, também no Sul do Piauí.
"É uma insanidade permitir a destruição da Serra Vermelha", dispara a arqueóloga Niéde Guidon, responsável pelas pesquisas ar-
queológicas na Serra da Capivara, que a transformaram numa das maiores autoridades em arqueologia do planeta.
Para ela, trata-se de um crime: "Se estivéssemos em um país sério os responsáveis seriam punidos".
Em relação ao chamado plano de manejo da JB Carbon a arqueóloga diz ser uma piada.
Segundo ela, a Fundação Museu do Homem Americano adquiriu uma área degradada próxima ao parque, primeiro recuperou a terra, plantou as mudas e depois a transportou. Passados 12 anos, só agora as mudas chegaram a 30cm, mesmo recebendo água no verão.
"Então, o que estão dizendo é uma mentira porque sabem que em treze anos ninguém vai mais lembrar de nada e o dinheiro que ga-nharam, certamente, estará em algum paraíso fiscal", alerta Niéde Guidon.
(*) Cuesta é uma formação de relevo que se apresenta em regiões onde se intercalam rochas de diferentes resistências a forte desgaste de erosões]

"O que estão
dizendo é uma mentira porque sabem que em 13 anos ninguém vai mais lembrar de nada e o dinheiro que a empresa
ganhou já deve ter ido para algum paraíso fiscal".

Niéde Guidon

O vai e vem das carretas carregadas de carvão





Capitalismo selvagem


E a motossera ajuda a colocar a floresta no chão

A destruição desse rico patrimônio começou em julho de 2006. A JB Carbon dividiu a área em UPA's (Unidade de Produção Anual) de seis mil hectares. A meta é produzir mais de 300 mil toneladas de carvão/ano.
De acordo com a empresa, cortando a vegetação em ciclo de seis mil hectares durante 13 anos, a floresta se recupera naturalmente. O mais intrigante é que a empresa reconhece, em seu material de divulgação, que a floresta é "densa, de copa alta e com alta diversidade biológica, importantes funções ambientais e uma reduzida antropização". Mesmo assim, optou pelo lucro de destruí-la e não de preservá-la.
O empreendimento tem como objetivo ofertar lenha e carvão para atendimento da demanda energética de diversos setores da economia, tanto do mercado interno como o externo, sendo as siderúrgicas os principais consumidores.
A empresa divulga no seu próprio material publicitário que o carvão também deverá ser exportado. É bom lembrar que a legislação brasileira proibe a exportação do carvão vegetal produzido de matas nativas.

Plano de manejo é uma agressão à inteligência
Francisco Campelo (Ibama) e Ricardo Campelo
(técnico do projeto): irmãos de uma mesma causa

O terreno desmatado fica completamente limpo e sem árvores porta-sementes. É uma cena triste. Em qualquer plano de manejo o corte deveria ser seletivo, com a preservação de centenas de árvores para minimizar os efeitos do desmatamento é linear. A única ação que se vê é de destruição para alimentar a indústria do carvão.



Chamado de plano de manejo, a destruição da floresta consiste em derrubar as árvores utilizando o corte manual com motoserra, machado e foice. Segundo a empresa, isso acontece respeitando as restrições estabelecidas pela legislação ambiental, entretanto, in loco, verificamos que não havia essa preocupação.
Os mais de 300 homens que encontramos em condições subumanas, se alimentando mal, dormindo em espécies de containeres e trabalhando mais de oito horas por dia, disseram que não haviam recebido nenhuma instrução em relação ao corte das árvores.
Eles também não foram orientados quanto às derrubadas de árvores protegidas como é o caso da aroeira, ipê, barriguda, angico e muitas outras árvores centenárias que foram destruídas.
Sobrevoando a fazenda a destruição da mata fica indefensá-vel. Estão cortando 100% da produção florestal. O terreno desmatado fica completamente limpo, sem árvores porta-sementes ou espécies significativas. É uma cena triste. O corte, que deveria ser seletivo, com a preservação de centenas de árvores para minimizar os efeitos do desmatamento é linear, as fotos comprovam bem o crime.
Integrado a produção do carvão, a JB Carbon S/A pretende desenvolver uma produção forrageira com capacidade de suporte para criação de 12 mil cabeças de gado e ainda produzir mel orgânico.
Outra meta da empresa no futuro é transformar a fumaça gerada pelos fornos em produto para indústria de alimentos. Também so-nha em obter crédito de carbono, que segundo ela, vai gerar mais emprego e impostos, além de ou-tros benefícios ambientais.
O funcionário do Ibama que coordenava o projeto de conservação e uso sustentável da Caatinga, Francisco Campelo, um dos mais entusiastas defensores do Energia Verde, disse que se trata de um negócio florestal sustentável, inclusive projeto âncora do governo e do Programa Florestal do Piauí-PLANAP da Codevasf.
Segundo ele, se a postura dos ambientalistas prevalecer, será mais seguro para o empresariado partir para o agronegócio convencional e licenciar a terra para o desmatamento, "pois ficarão livres dessa falta de compreensão".
O comportamento de Campelo levou o Ibama a exonerá-lo da coordenação do GEF-Caatinga. Seu irmão, o engenheiro florestal Ricardo Campelo, é um dos responsáveis técnicos pelo projeto Energia Verde. (TM)

Esclarecimento da JB Carbon S/A

A empresa JB Carbon S/A solicita esclarecimento quanto à matéria "Troféu Motoserra para desmatadores", da repórter Tânia Martins. É necessário esclarecer aos leitores que, até o presente momento, não existe comprovação cientifica da existência de Mata Atlântica na Serra Vermelha.
O ex-professor do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Pernambuco, Sergio Tavares, visitou in loco o Projeto Energia Verde e constatou que: "A vegetação é de caatinga arbórea, não se podendo confundir com Mata Atlântica a não ser por pessoas leigas ou especialistas de outras áreas, desco-nhecedores da Fitogeografia do Nordeste do país".
A matéria afirma ainda que "os ambientalistas provaram que o projeto Energia Verde está recheado de falhas", entre as quais estaria a ausência do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Vale ressaltar que a legislação federal dispensa EIA-RIMA para licenciamento dos planos de manejo flo-
restal sustentável. Isso ocorre porque os planos de manejo florestal sustentável englobam estudos e práticas que garantem a redução de impactos ambientais.
Quanto à possibilidade de criação do Parque Nacional na Serra Vermelha, cabe salientar que na audiência pública realizada em Bom Jesus, no dia 15 de dezembro de 2006, a população da região manifestou-se contrariamente à criação de nova área protegida. Também são contrários à medida os prefeitos de Curimatá, Bom Jesus, Morro Cabeça no Tempo e Redenção do Gurguéia. Eles enviaram ofício ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama e a outros órgãos públicos denotando sua preocupação, inclusive com a paralisação do Projeto Energia Verde.
O Energia Verde mantém mais de 42 mil hectares de florestas intocados, somando Reserva Legal, Áreas de Preservação Permanente (APPs) e corredores ecológicos entre as áreas manejadas. O plano de manejo incorporou programas de Educação Am-
biental, de prevenção e combate a incêndios e de monitoramento da fauna. Tais medidas são similares às adotadas nos melhores parques e reservas naturais em todo o mundo.
Isabela Vargas
RPBrasil Assessora de
Comunicação

Trabalho escravo

Na sexta-feira do último carnaval, o Procurador do Trabalho, Hiram Meneghelli, esteve na Serra Vermelha para resguardar os direitos trabalhistas de 141 trabalhadores que foram demitidos do projeto sem qualquer direito.
A empresa foi obrigada a pagar cerca de R$ 200 mil de indenização aos trabalhadores e outros R$ 50 mil em multa por dano moral e coletivo em decorrência de abusos cometidos contra a comunidade de trabalhadores que viviam em condições insalubres.
Foi constatado que os trabalhadores não disponibilizavam de moradia digna, água potável, instalações sa-nitárias e nem usavam equipamentos individuais de proteção.
E o mais grave disto tudo foi o comentário do Procurador Chefe do Ministério do Trabalho, João Batista Luzardo: "Já sabemos que o trabalho em carvoarias e desmatamentos está relacionado ao trabalho escravo".
O Procurador João Batista Luzardo é o responsável por intermediar a fiscalização no projeto.

As vantagens do projeto segundo o Secretário
Para o secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Melo Macambira, o projeto é sustentável e ainda ajuda a combater o aquecimento global

Dalton Melo Macambira (*)
A quem interessa que a discussão acerca do projeto de manejo florestal da Serra Vermelha se mantenha no nível em que vem sendo tratado? A quem interessa ignorar a discussão técnica que, por mais de uma vez, caracterizou o projeto como um autêntico manejo florestal e continua falando no maior desmatamento do Nordeste? A quem interessa citar o projeto da Serra Vermelha como mais um passo rumo ao aquecimento global, quando o Protocolo de Kioto propõe que iniciativas desta natureza sejam contempladas com créditos de carbono, exatamente por contribuírem para o seqüestro do carbono que os nossos automóveis a gasolina lançam na atmosfera?

É difícil dizer a quem interessa isto. Muitos dos interesses atrás destas questões, estão muito bem disfarçadas de "interesses ambientais". A verdade, entretanto, é que o projeto da Serra Vermelha foi proposto pelo Ministério do Meio Ambiente, em substituição ao projeto de produção grãos por ser uma alternativa muito melhor, do ponto de vista ambiental, que a anterior. É importante que se diga que, no projeto anterior, não havia qualquer ilegalidade ou qualquer dano ambiental não previsto na legislação brasileira.
E qual é a grande vantagem deste projeto? É o combate ao aquecimento global pela via do seqüestro de carbono, ou seja, é a captação do carbono existente na atmosfera pelas árvores em crescimento.
E como é que isto está acontecendo na Serra Vermelha? Ora, o manejo prevê o corte de um grande número de árvores em um determinado lote. A madeira destas árvores vira carvão, ou seja, energia.
Qual a diferença entre o manejo e o desmatamento? No desmatamento as árvores são inteiramente retiradas pela raiz. No manejo elas são cortadas e rebrotam.
No projeto em questão, estão previstos treze lotes. Como a cada ano será manejado apenas um lote, o corte das árvores de um mesmo lote só será repetido a cada 14 anos, possibilitando a recomposição total da floresta e sua manutenção, indefinidamente.
Há exemplos de manejo que foram extremamente bem sucedidos por mais de 60 anos. Nestes manejos a floresta sempre se regenerou e sempre garantiu a satisfatória manutenção da biodiversidade.

(*) Dalton Melo Macambira é o secretário de Estado do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos do Piauí

EUA dobrarão oferta de etanol em 18 meses

EUA dobrarão oferta de etanol em 18 meses






Produção americana deverá chegar a 43,5 bilhões de litros, com a construção de 80 novas usinas. Os Estados Unidos irão mais do que dobrar a produção de etanol de milho em 18 meses, informa Ken McCauley, presidente da National Corn Growers Association (NCGA), entidade que reúne os produtores de milho americanos. "Hoje, temos nos Estados Unidos 119 usinas, com capacidade de produção de 5,5 bilhões de galões (20,8 bilhões de litros) de etanol por ano. Em 18 meses, outras 80 unidades entrarão em operação e passarão a produzir mais 6 bilhões de galões (22,7 bilhões de litros) de etanol", disse McCauley. Significa que produção americana de biocombustível saltará no período 109,1%, para 43,5 bilhões de litros.

Este volume representa um terço da previsão daquele país para 2017, de 132,5 bilhões de litros. Ressalve-se que, pelos planos do presidente George W. Bush de reduzir em 20% o consumo de gasolina em dez anos, a produção por etanol em 2017 chegaria a 79,5 bilhões de litros, sendo que os restantes 53 bilhões de litros (para completar o total de 132,5 bilhões de litros de biocombustíveis) viriam de outras fontes, como por exemplo, o álcool de celulose, cuja tecnologia ainda não está completamente desenvolvida.

Caso a previsão se confirme, a produção de etanol de milho a ser alcançada em 18 meses, segundo McCauley, representa 54,7% do total estimado para ser produzido em dez anos. "Isto é fantástico", disse MacCauley.

Preços em queda

A velocidade com que a produção de etanol avança nos Estados Unidos assusta os empresários, porque acreditam que pode inibir novos investimentos no Brasil. A maior oferta do combustível no Brasil e nos Estados Unidos também levou a uma brusca queda dos preços do produto no mercado interno.

Na semana passada, o preço do álcool hidratado nas usinas paulistas caiu mais 0,61% e rompeu a barreira dos R$ 0,60 o litro, livre de impostos. Foi cotado a R$ 0,594 o litro.

A queda acelerada dos preços se deve, além da ação das distribuidoras, à expectativa de recuo das exportações do combustível, que no ano passado somara 3,5 bilhões de litros. Como os Estados Unidos mantêm sobretaxas aduaneiras sobre o álcool brasileiro, as exportações do combustível poderão perder velocidade.

Obstáculos à vista

Eduardo de Carvalho, presidente demissionário da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) já havia alertado, semanas atrás, que o setor sucroalcooleiro deverá enfrentar dois anos de dificuldades, com possíveis "acidentes de percurso", devido à falta de mercado cativo importador e aos baixos preços do álcool. "Mas eu não estou pensando no agora. O negócio é para o futuro", disse Carvalho que anunciou na semana passada seus planos de se tornar usineiro e sociedade com três ex-executivos da Coimex.

Eficiência comprovada

McCauley qualificou como "fantástico" o processo de produção de açúcar, álcool e energia elétrica a partir da cana-de-açúcar no Brasil. Na semana passada, depois de participar de evento promovido pela Unica, o Ethanol Summit, em São Paulo, McCauley visitou a Usina São Martinho, em Pradópolis, no interior paulista. "Nunca tinha visto. Estou muito impressionado em ver a cana moída se transformar nessa quantidade toda de energia", afirmou.

A São Martinho, uma das maiores e mais modernas usinas do mundo, processou na última safra mais de 7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, que resultaram numa produção de 500 mil toneladas de açúcar e 286 milhões de litros de álcool.

Segundo MacCauley, o aumento da produção de etanol nos Estados Unidos está ligado também aos ganhos de produtividade. Ele espera que os EUA dobrem, em cinco anos, a produtividade atual, que é de 450 galões por acre, ou 4,3 mil litros de etanol por hectare de milho.

No Brasil, há usinas cuja produtividade passa dos 9 mil litros de etanol por hectare de cana. E esses volumes crescem ano a ano. Além disso, o álcool de cana brasileiro oferece vantagens no campo ambiental e no balanço energético.
(Ecopress com informações da Gazeta Mercantil - SP - 11/06/07, Às 14h13)



Onça- pintadas





Onças-pintadas


O Projeto Predação de Gado por Onças-Pintadas, um dos projetos da ONG Associação Pró-Carnívoros, proporciona a você uma oportunidade única de se envolver com atividades de campo relacionadas ao estudo e conservação de carnívoros silvestres da América do Sul. Você estará envolvido em um projeto de longo prazo, que estuda animais notáveis como a onça-pintada, onça-parda e a jaguatirica. Ao participar deste projeto, você estará apoiando a preservação destes carnívoros silvestres e a conservação da maior espécie de onça-pintada do Brazil. As atividades do projeto são realizadas em uma área de beleza espetacular, formada por florestas e áreas inundadas. Você terá a oportunidade de trabalhar em pequenos grupos, supervisionados por pesquisador experiente, e irá aprender muito a respeito dos carnívoros silvestres, bem como a respeito de seus comportamentos e habitats. Adicionalmente a isto, você terá a oportunidade de se envolver em atividades com os moradores locais, em áreas onde onças-pintadas e onças-pardas costumam se alimentar de animais domésticos.
Lugar

O projeto é conduzido numa propriedade particular localizada em Corumbá, no estado do Mato Grosso de Sul. A fazenda é uma área de criação de gado e de preservação de vida selvagem de 100 km2. A área é compreendida por pastagens naturais e vários fragmentos de vegetação natural. O modelo de desenvolvimento sustentável praticado na fazenda compreende principalmente criação de gado, ecoturismo e pesquisa científica. A fazenda suporta atualmente cerca de 3000 cabeças de gado. A caça não é permitida tanto dentro da fazenda quanto nas áreas de entorno.
Espécies

Diversas espécies de carnívoros ocorrem na região do Pantanal. As mais comuns são o cachorro do mato, o mão pelada, e o quati. Estas três espécies são consideradas generalistas, pois se alimentam tanto de matéria animal quanto vegetal. As outras espécies são consideradas especialistas, pois se alimentam exclusivamente de matéria animal. As mais comuns são a ariranha, a lontra, o gato mourisco, a jaguatirica, a onça-parda e a onça-pintada. A onça pintada do Pantanal é considerada a maior subespécie de onça-pintada no mundo. Pequenos e médios carnívoros costumam se alimentar de pequenos roedores, pássaros e répteis. Onças-pintadas e onças-pardas costumam se alimentar de médias e grandes presas, tais como a capivara, o veado campeiro, o cervo do Pantanal, o cateto, o queixada e o jacaré.
Habitat

A vegetação predominante consiste de matas não inundáveis, campos e matas temporariamente alagáveis e terrenos alagados. Existe uma mistura de tipos de vegetação na área. Os campos são compostos de gramíneas e são caracterizados por estarem em locais abertos. Durante a estação das chuvas, os campos ficam inundados. O cerrado consiste de matas abertas, com uma variedade de espécies de árvores que algumas vezes, formam matas fechadas que também ficam inundadas durante as chuvas. A mata de galeria é um outro tipo de habitat que forma corredores contínuos, principalmente ao longo das margens dos rios e riachos. Um outro tipo de vegetação são fragmentos de florestas localizados em área de campos. Dentro da fazenda, existe também uma plantação de arroz, onde muitas espécies de pássaros, mamíferos e répteis podem ser vistos descansando, tomando banho ou se alimentando.
Informações de Viagem

Ecovoluntários terão que viajar por conta própria até a cidade de Miranda, MS, que fica a 125 km da base. Caso prefiram, a via de acesso por Campo Grande MS, é a mais próxima e de mais fácil acesso para a fazenda. De Campo Grande existem ônibus diários para Miranda e de Miranda para Campo Grande. Campo Grande fica a aproximadamente 200 km de Miranda. Um membro da equipe do Projeto irá pegar os ecovoluntários na rodoviária de Miranda e transportá-los para a fazenda. Ao final do período de estadia, ecovoluntários serão levados da base de pesquisa de volta a cidade de Miranda.
Acomodação

Você ficará em uma das bases de pesquisa do Projeto, de acordo com as áreas específicas em que as atividades estiverem sendo realizadas. As acomodações são simples, com quartos com camas, chuveiro elétrico e banheiro. Serão fornecidos colchão, roupa de cama e travesseiro. Três refeições básicas – café da manhã, almoce e ceia – são incluídas.
Envolvimento

Ecovoluntários ajudam a equipe do projeto no estudo dos Carnívoros da região, monitorando seus movimentos e atividades, procurando por pegadas e estudando sua dieta. Você terá a oportunidade de operar aparelhos de GPS e rádio telemetria, bem como ajudar na coleta de dados de predação de gado por onças. Você também estará envolvido nas atividades de apoio aos moradores locais na melhoria do manejo do gado, contribuindo para minimizar a predação em áreas particulares. A equipe do projeto supervisa e conduz a pesquisa, determina as atividades dos ecovoluntários e coordena os trabalhos de campo. As necessidades do Projeto é que decidem o que deve ser feito e quando as atividades devem ser realizadas. Normalmente você deverá estar trabalhando em torno de dez horas por dia ou noite, em períodos diferentes de atividade, dependendo do movimento dos animais.
Requisitos

Não existem qualificações ou exigências especiais para sua participação no Projeto mas precisamos de pessoas que:
tenham entusiasmo, perseverança e interesse na vida selvagem e ambientes naturais.
tenham um bom conhecimento de inglês, português ou espanhol
estejam em boa saúde e boa condição física, sendo capaz de trabalhar no campo por longos períodos, sob diferentes condições climáticas.
estejam preparadas para caminhar distâncias longas e estar preparado para passar algumas noites no campo, quando necessário;
tolerem altos níveis de umidade.
Datas e Preços

Defendas as Baleias

http://www.whales.greenpeace.org/br Clique aqui e ajude-nos a defender as baleias

WWF-Brasil

http://www.wwf.org.br Clique aqui e descubra como a WWF-Brasil cuida do ambiente onde o bicho vive. O Bicho-homem